Renata Sette é diretora, roteirista, pesquisadora e produtora, formada em Jornalismo pela PUC-Minas, extensão em Cinema na Escola de Belas Artes da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e em Barcelona, no Institut Superior de Disseny I Escola de la Image (IDEP).

Começou sua carreira como produtora na Rede Minas de Televisão, repetidora da TV Cultura em Belo Horizonte. Em seguida, na Produtora Intervalo Cine&Vídeo, trabalhou como montadora e Diretora Assistente para Programas do Canal Futura.

Desde o começo passou por diferentes setores do processo de produção até chegar na direção: produtora, montadora, assistente de direção, roteirista e diretora.

Já vivendo em São Paulo dirigiu, entre 2012 e 2015, os documentários “Outro Olhar” e “Outro Olhar, convivendo com a Diferença”, sobre inclusão de pessoas com síndrome de down, pela Maria Farinha Filmes, ambos exibidos pela ONU. E também “A Luta Continua, Um Documentário em 12 Rounds” para a ESPN. Seus filmes estão na Plataforma VideoCamp - Filmes que transformam, TV Cultura, ESPN e TV Brasil.

Em 2016 ganhou “Melhor Diretora Internacional” com seu curta Anthropos no PortoFashionFilm Festival, em Portugal. Seu último curta-metragem “Um Lugar Quase Igual Aqui”, de 2019, foi produzido por ela e pela Manjericão Filmes e se encontra em processo de contratos de distribuição para streaming. 

Em 2019-2020 Renata fez parte, junto com a Square Zero Films de NY e a Viva Films Rio, do projeto Mulheres Empreendedoras ao redor do mundo. São 5 curtas de 5 diretoras do Brasil, EUA, Croácia, Índia e Líbano que resultaram num longa-metragem sobre mulheres que construíram empresas que além de serem bem-sucedidas, também elevam e transformam a comunidade onde vivem. Renata dirigiu o filme do Brasil. 

Atualmente pesquisa, por meio de disciplinas do Programa de Pós Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da USP, a imersão proporcionada pela realidade virtual que impulsiona uma revisão da enunciação cinematográfica e o novo lugar do sujeito: como ele se colocava diante da tela numa sala escura e como ele é colocado dentro da história a partir dos dispositivos da VR e suas possibilidades de narrativa. Investiga o uso das tecnologias na conscientização sobre as questões sociais e políticas na busca de entender possibilidades de motivar um olhar do público frente aos temas. 

É integrante do LabArteMídia, grupo de pesquisa e inovação em artes audiovisuais ligado ao Departamento de Cinema Rádio e Televisão e ao Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da ECA-USP. Renata desenvolve sua pesquisa discutindo ferramentas que levam o espectador a um espaço-tempo diferente do “aqui-agora”. Dentre os temas sociais de interesse de Renata, e roteirizados para o cinema, a violência contra mulheres e meninas é um dos que mais se destaca. E seguem temas relativos às questões sociais e políticas.

Renata acabou de finalizar o telefilme Comadres para a Globo Filmes. O filme, resultado de um pitching entre projetos em Minas Gerais, é um drama que faz uma metáfora do Brasil polarizado dos anos recentes para contar a história de redenção de duas senhoras vizinhas e inimigas, numa pequena cidade do interior de Minas. 

Os demais projetos atuais, como o Documentário “Ela Não Volta”, sobre a questão do feminicídio no Brasil, está em fase de pesquisa e pré-produção, após ser contemplado pelo PROAC 2022, e o longa metragem “O Homem Mínimo”, sobre a injustiça prisional no Brasil, está em fase de captação de recursos no Brasil e exterior. Ambos produzidos pela Manjericão Filmes.